segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bullying

Fenômeno que passou a ser estudado e divulgado com maior intensidade neste século, já ocorria em nossas escolas quando ainda éramos alunos. Costumo dividir as pessoas em três grupos, em se tratando de bullying. Os que sofrem, os que cometem e os que presenciam. Partindo deste raciocínio, que não é aleatório, praticamente todos nós sabemos o que é o fenômeno bullying, por mais que muitas vezes não saibamos lidar com ele. O fator preocupante nos dias de hoje é que muitas das famílias estão com um nível menor de instrução, uma quantidade de tempo menor para ouvir e trabalhar seus filhos e uma noção muito diferente de valores que tínhamos outrora.
Tomei a liberdade de repetir o post de um site que aqui recomendo: Brasil Escola (link no final da postagem), que explica um pouco melhor o que é o fenômeno Bullying.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Postado originalmente em:

Existem inúmeras publicações no mercado abordando o tema, podendo ser visualizados  alguns exemplos em uma breve pesquisa no Google Imagens.

          Se houver interesse de aprofundar ainda mais a discussão, o Youtube também possui diversos vídeos que podem ser utilizados para trabalhar o tema.

Além destes vídeos, um muito interessante que aborda além do tema bullying, também trata de diversidade sexual (tema de futura postagem) e de todo o Universo adolescente, é o filme nacional  - “As melhores coisas do Mundo.”

             Uma cartilha sobre bullying formulada e divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça, pode ser adquirida via download através do link:


             Espero que a postagem ajude a trabalhar o tema nas escolas. Não podemos ficar de fora desta discussão. Bom trabalho!

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